Guam, pequena ilha localizada no Oceano Pacífico, descoberta por portugueses, colonizada por espanhóis, e sob domínio norte-americano desde 1898, tem uma surpreendente história nos principais concursos de beleza do planeta, incluindo uma Miss Mundo (1980) e uma vice-Miss Universe (1982).
A segunda de 20 musas do Miss Mundo que estamos relembrando vem de lá: Diana Marie Duenas, Miss Guam e terceira colocada no Miss Mundo 1976.
Londres, 18 de novembro de 1976. Milhares de feministas e pessoas protestando contra a participação de duas Misses África do Sul, uma branca e uma negra, o que chamavam de "Apartheid do Mundo Miss", tomavam a rua em frente ao famoso Royal Albert Hall, casa do concurso durante tantos anos. Após o boicote das candidatas da Índia, Libéria, Malásia, Maurício, Seicheles, Sri Lanka, Suazilândia, Tunísia e Iugoslávia, faltando poucos minutos para o começo da transmissão internacional, o embaixador das Filipinas retirava também a candidata do seu país antes que ela pudesse subir ao palco, aumentando ainda mais a tensão no local.
Mas o show tinha que continuar, e representantes de outros 60 países e territórios foram em busca do maior título de beleza do planeta, desfilando como se nada estivesse acontecendo do lado de fora. Naquele "Mundo Paralelo" de magia, viu-se muita beleza e um grupo de finalistas extremamente bem escolhido pelos jurados.
Cindy Breakspeare da Jamaica, amante de Bob Marley, com quem teve um filho posteriormente, foi a vencedora inquestionável da noite. Porém, a beleza angelical da representante da exótica ilha de Guam, não passou despercebida, conquistando a terceira colocação e estampando, ao lado da vencedora e da segunda colocada, as capas de jornais do mundo todo no dia seguinte.
Todo o planeta se perguntava: onde fica a ilha que produziu a terceira mulher mais linda da Terra? Guam passava a povoar o imaginário de milhares de pessoas no mundo todo, graças a beleza de Diana Marie e sua excelente colocação no Miss Mundo.
Diana Marie Dunas representava o protótipo da beleza feminina nos anos 1970: cabelos longos e lisos, um sorriso encantador que era o maior destaque de um rosto perfeito, pouca maquiagem. A beleza natural era valorizada em tempos de libertação da mulher. Ela desfilava com muita elegância e conquistava a todos com a sua meiguice. Marcou uma época.
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