Vivenciar uma Olimpíada no seu país é delicioso e exaustivo ao mesmo tempo, então, se eu tiver fôlego, pretendo deixar minhas impressões dessa experiência única or aqui.
Futebol Feminino - No dia 3, antes mesmo da abertura, Marta e cia. entraram em campo no Engenhão enfrentando a China. Fui de metrô e trem e pelo caminho encontrei diversos turistas com o mesmo destino. A baldeação na estação Central é confusa, e vi muita gente sem direção. Quem estava perto de mim, ajudei como pude e indiquei o caminho (que eu mesmo tive uma certa dificuldade em identificar).
A viagem de trem foi lenta e com direito a muitos ambulantes vendendo de tudo, desde balas até quites de maquiagem com "7 pincel". O chão estava imundo (não precisava, né?). Passamos pelo Méier, lembrei da Dona Jô e todo o pessoal do "Vai Que Cola", quase desci no Engenho errado, mas no final deu tudo certo.
Chegando lá, o estádio muito bonito e foi fácil entrar. Voluntários simpáticos, mas nem sempre bem informados. Policiais nunca sabem nada, sugerem você perguntar a um voluntário. Os números no ingresso não batiam com as informações no estádio, então por fim uma voluntária me disse: "Ainda está tudo meio confuso, as pessoas estão sentando onde querem". OK...
Encontrei por lá o Fernando, amigo do mundo Miss, assistimos ao jogo confabulando sobre os bastidores dos concursos, o que foi divertido.
Brasil jogou bem contra uma China bem fraca (o país já foi uma potência na modalidade), meteu 3 x 0. Muito legal ver o carinho dos brasileiros com as jogadoras, principalmente com a Marta. Tenho ingresso para ver a final com a Roberta Schneider, espero que as nossas guerreiras cheguem lá. Elas merecem muito!
A volta foi ainda mais tranquila. O trem foi rapidinho até a estação Maracanã, de lá foi só pegar o metrô para Copacabana. Copa, aliás, repleta de policiais e soldados. Ah, se sempre fosse assim...
A Abertura - Dá para resumir dizendo que, dentro da sua simplicidade, foi bonita, foi legal, foi emocionante. Gostei de quase tudo, achei muito bacana toda a teoria sobre a importância da preservação do meio ambiente mostrada a 4 bilhões de pessoas. Sim, a teoria, porque na prática, os pobres velejadores terão que competir em uma Baía da Guanabara toda cagada. Em 7 anos e uma oportunidade genial para limpar toda esta merda, e nada...
Gisele deu show, assim como os músicos e bailarinos. Vi muita criatividade, me emocionei com o segmento do 14 Bis e Santos Dumont. Ridícula a controvérsia criada pelos americanos e seus irmãos Wright! Não dá para comparar o feito deles com o do verdadeiro pai da aviação. Mas vai discutir com americano, apesar das muitas coisas que admiro naquele país, os caras são muito egocêntricos e não conseguem enxergar nada além das suas fronteiras, o que é uma pena. Deixa eles...
Adorei a entrada dos atletas de cada país, mesmo demorada, não foi cansativa. O coloridos dos uniformes e toda a diversidade que passam pelo desfile das nações são realmente únicos! Foi super legal ver o Mister Rio de Janeiro Patrick Rangel em uma das bicicletas, direcionando alguns países, como Armênia, Islândia e México. A entrada brasileira foi arrepiante, assim como a dos refugiados. Paulinho da Viola cantando o hino nacional foi lindo.
O que foi desnecessário? Definitivamente Regina Casé e Anitta, quem ao menos usou play back para não passarmos vergonha e foi abafada por Caetano e Gil, talentos de verdade.
Demais ver Guga, Hortênsia e principalmente Wanderley Cordeiro com a honra de acender a tocha olímpica. Confesso que fiquei imaginando aquele irlandês doido aparecendo de algum lugar para derrubar o coitado de novo, dessa vez com tocha e tudo. Mas foi só na minha cabeça, lá foi tudo lindo. Linda também era aquela estrutura metálica que forma um Sol, refletindo o brilho da chama. Achei sensacional.
As críticas foram positivas no mundo todo. Para nós brasileiros, foi algo que jamais será esquecido. Um verdadeiro privilégio viver para ver algo assim!
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