domingo, 14 de agosto de 2016

Rio 2016, 13/8: Em dia trágico para o nosso esporte coletivo, o futebol salva honra brasileira

Foi um dia olímpico para se esquecer nos esportes coletivos brasileiros. Resultados ruins das nossas seleções ameaçam classificações e colocam o Brasil em situação delicada. O basquete masculino, por exemplo, teve o jogo contra os rivais argentinos nas mãos em mais de uma ocasião, mas acabou indo para a prorrogação duas vezes e perdendo. Agora só um milagre para passar de fase e pegar os EUA nas quartas. Adeus, chance de medalhas...

Neymar marca e Brasil vence. Já é semifinalista.
O handebol masculino vem fazendo a sua melhor campanha em olimpíadas, e após vitórias contra as fortes equipes da Polônia e da Alemanha, o Brasil penou para empatar com o Egito! Agora vai depender de um bom resultado contra a Suécia na segunda-feira para alcançar a tão sonhada classificação.

No vôlei de praia, uma equipe masculina avançou para as quartas, a outra ficou pelo caminho, perdendo de virada para a Rússia.

Talvez a mais inacreditável das derrotas tenha vindo no vôlei de quadra masculino: 1x3 para a Itália, também de virada. O favorito Brasil pode nem passar de fase, o que seria uma verdadeira tragédia para o nosso esporte. Lembrando que em Londres 2012, foram as meninas do Brasil que por muito pouco não se classificaram, mas depois de uma primeira fase horrenda, se recuperaram e levaram o ouro. Que assim seja com a nossa seleção masculina...

Porto Rico ganha seu primeiro ouro olímpico, e foi no tênis!
Quem salvou a nossa honra, pasmem, foi o futebol! Neymar desencantou, marcou, e o Brasil passou pela Colômbia sem grandes dificuldades: 2x0. Agora vai pegar Honduras na semifinal, com chances de encarar a Alemanha na disputa do ouro, que viria ser o primeiro da história do nosso futebol.

Voltando a falar das derrotas de sábado, o que todas elas têm em comum? O fator psicológico. O atleta brasileiro, salvo raras exceções, não sabe lidar com pressão. Nem com a torcida a seu favor, isso tem acontecido. Em 8 dias de competições, temos apenas 4 medalhas e muitas expectativas já foram frustradas.

Nossos atletas precisam do acompanhamento de profissionais competentes, que os façam jogar com mais frieza e menos emoção. O talento e o potencial existem, falta a chamada inteligência emocional para ultrapassar barreiras em disputas críticas.

Bela dinamarquesa é rainha das águas no
 Rio 2016
Por outro lado, feliz por Porto Rico, que ganhou sua primeira medalha de ouro em jogos olímpicos no tênis com a bonita Monica Puig, número 33 do mundo. Uma bela surpresa, literalmente. Outra bela a surpreender o planeta foi a dinamarquesa Pernille Blume, vencedora dos 50 m livres na natação. Ela é a mulher mais rápida do mundo nas piscinas.

Michael Phelps encerrou sua carreira com mais um ouro, 23 no total! Será que algum dia alguém supera esta marca?

Acabou a natação com mais resultados pífios para o Brasil. Nenhuma medalha! Aliás, nem perto disso passamos...

Ontem não fui a nenhum evento olímpico, tirei o dia para descansar, trabalhar e torcer pelo Brasil de longe. Parece que escolhi o dia certo para isso! Que venham dias melhores para os nossos atletas...

Imagens do dia 13/8 - veja.com

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Um comentário:

  1. Excelente resumo. Faltou mencionar o péssimo dia do nosso maior campeão olímpico, Robert Scheidt, que não briga mais pelo ouro. Sempre comento isso com meus amigos: o grande problema do atleta brasileiro é não saber lidar com a pressão psicológica. E o fato da Olimpíada ser no próprio país só piora a situação. Precisamos reverter isso e realmente bons psicólogos nas equipes técnicas ajudariam bastante. Um grande exemplo são as meninas do vôlei de quadra. Após protagonizarem um dos maiores vexames de todos os tempos contra as russas em 2004, quando ganhavam o set por 24 a 19 e precisavam apenas de um ponto para fechar o jogo por 3 a 1 e, inacreditavelmente permitiram a virada russa por 26 a 24. Totalmente desestruturadas, perderam o tie-break e deram adeus à disputa pelo ouro. Voltaram em 2008 com uma postura diferente e levaram o ouro não apenas em Pequim como também em Londres e caminham a passos largos para o tri olímpico na Rio 2016. Alguém duvida do papel decisivo que o preparo psicológico teve sobre nossa seleção feminina de vôlei? Precisamos nos livrar de nossos complexos de inferioridade e da pressão desnecessária de sempre achar que precisamos provar algo para o mundo e para nós mesmos. Xô, complexo de vira-lata. Ainda dá tempo de virarmos o jogo.

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