segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Rio 2016, dia 21/8: Brasil fecha Olimpíadas com ouro no vôlei e cerimônia inesquecível

Chegamos ao último dia dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro com a expectativa de Brasil x Itália, a grande final do vôlei masculino de quadra. O time do Bernardinho, que começou tropeçando e quase não passou de fase, teve o mesmo destino da seleção feminina de 2012: acabou levando o ouro! Foi mais um 3x0, mas com três sets muito disputados. A emoção dos jogadores, especialmente do líbero Serginho, de 40 anos, fez com que todos nos emocionássemos e comemorássemos muito esta vitória. Bernardinho literalmente tirou leite (ou ouro) de pedra, já que este time, apesar de talentoso, não é tão forte quanto o da geração anterior.


Leo e eu começamos a assistir o jogo no botecão chinês da Santa Clara, terminamos em casa. Depois ainda deu tempo de ver a surpreendente vitória da Dinamarca sobre a França no handebol. A França é considerada o dream team da modalidade, tendo vencido as últimas duas edições das olimpíadas. No basquete masculino, os EUA não tomaram conhecimento da Sérvia e adicionaram mais um ouro para a coleção. O Quênia levou a melhor na maratona.

Lá pelas 17 horas, saímos rumo ao Maracanã para a cerimônia de encerramento, o que foi possível graças à desistência de familiares dos amigos Budal e Fábio. Serei eternamente grato!

O metrô estava tranquilo, bem diferente do dia da final do futebol feminino. Obrigado, Senhor!

Apesar da chuva e de um pouco de frio, entramos, tiramos fotos e nos surpreendemos com os nossos assentos: bem ao lado da espetacular pira olímpica, algo de uma beleza rara. Não dava vontade de parar de olhar.

Eu não consigo criticar nada no show. Estava em um estado de êxtase tão grande que me emocionei em diversos momentos e curti cada segundo. Não tinha como evitar as lágrimas que vinham aos olhos de tempo em tempo. A valorização da nossa música, da cultura do Nordeste e do Norte, das nossas tradições. A entrada dos atletas. O momento emocionante (e triste) em que o fogo olímpico foi apagado. O final apoteótico com muito samba, dança e cores.

Logo na entrada, uma voluntária viu que estávamos tirando fotos e se ofereceu para tirar. Fez com a maior boa vontade, até sair perfeita. Disse a ela que, além dos atletas, as grandes estrelas desses jogos foram eles (os voluntários) e os soldados das Forças Armadas. Se emocionou, mas é a mais pura verdade. Quanta gratidão a todos eles por 17 dias tão maravilhosos!

Ao sair, novamente nos encontramos em frente a estátua do Bellini e confraternizamos com Budal, Fábio, Lisa e Silvinha. Todos amaram e foram só elogios. Fomos comer uma pizza juntos. E se para nós tudo acabou em pizza, para o Rio de Janeiro e o Brasil, não! Foi diferente. Apesar de não ouvirmos a famosa frase "estes foram os melhores jogos de todos os tempos", sabemos que foi lindo, organizado, que mesmo que mais simples que Pequim ou Londres, encantou e calou milhões de bocas pelo mundo.


Os jogos me fizeram constatar que apesar das críticas que fazemos ao que há de errado no nosso país, e estamos falando de muitas coisas, temos uma cultura riquíssima, gente que trabalha duro e de forma correta para que o futuro seja melhor, e um potencial incrível para sermos a grande nação que podemos ser. É um amor infinito que eu sinto por essa terra. Tenho certeza que não estou sozinho nessa.

E sobre o desempenho dos nossos atletas? Mesmo não tendo sido o esperado, foi, de longe, o melhor desempenho do Brasil. 7 ouros, 6 pratas e 6 bronzes, décimo-terceiro lugar pelo critério de mais medalhas de ouro e décimo-segundo por número total de medalhas conquistadas.


Como comentou o amigo Carlos Amoedo, tratando-se de uma país que não é nem Top 80 quando os tópicos são saúde e educação, o resultado foi realmente excelente. Mais dois ouros, que poderiam ter vindo do vôlei feminino, do judô, ou de algumas das pratas conquistadas, e já teríamos sido top 10. Ficamos no mesmo patamar de Austrália, Itália, França, Coréia do Sul. Lembremos do seguinte: em Barcelona, em 1992, ganhamos 2 ouros e 1 prata! Em Sidney, em 2000, apenas 1 ouro! A evolução é evidente e só podemos torcer para que continue, como aconteceu com Coréia e Espanha após terem sediado os jogos.

Se formos falar dos países em desenvolvimento, por exemplo, só fomos superados pela China. Nas Américas, no critério ouros o Brasil foi vice atrás dos imbatíveis norte-americanos, enquanto no critério total de medalhas, ficamos em terceiros, depois de EUA e Canadá. Isso é fato inédito! Cuba e Jamaica, por exemplo, ficaram para trás.


O Reino Unido superou a China no critério ouro, algo que ninguém esperava. Potências olímpicas do passado como Finlândia, Noruega, Romênia e Bulgária, tiveram desempenhos pífios. A Finlândia, por exemplo, só ganhou um bronze.

Me policiei para não deixar de escrever no blog todos os dias com a simples intenção de manter a memória de tudo isso viva. O mais maravilhoso foi poder ter compartilhado todas essas experiências com tantas pessoas que eu amo, algumas que foram aos jogos comigo, outras que acompanharam de longe, mas sempre conectadas.

Quero também destacar o carisma e gingado do Vinícius, nosso mascote que esteve tão presente nas competições. Ele entra para o roll dos melhores de todos os tempos, ao lado do Misha (Moscou 1980).

Gostei da brincadeira e quero mais! Tóqui, me aguarde! Mas ter curtido os jogos em casa, na cidade mais maravilhosa do planeta, foi único e inesquecível. Se a nossa alma é mesmo eterna, nem os milênios apagarão as memórias de dias tão marcantes, intensos e especiais. Que todos aqueles que visitaram o nosso país e participaram deste espetáculo voltem para as suas nações com boas lembranças e a boa energia de semanas realmente mágicas!

Instagram: @hffontes

domingo, 21 de agosto de 2016

Rio 2016, 2018: Foi sofrido, mas finalmente o Brasil ganha ouro no futebol!

Pela lógica, o Brasil deveria colecionar medalhas de ouro no futebol em jogos olímpicos, porém, lógica é uma palavra que não cabe no dicionário futebolístico. Nesse esporte, tudo pode acontecer, e somente em 2016 os nossos craques conseguiram subir no degrau mais alto do pódio. É ouro!!

Não foi fácil. Neymar abriu o placar, os alemães empataram, e depois disso, apesar do maior volume de jogo, nossos jogadores não conseguiram concluir até o final da prorrogação. Pênaltis!

Acompanhamos o jogo no telão do parque olímpico. Comigo estavam Leo, Lisa, Silvinha, Bia, Lucas, Bia, Choi, Lucian e família da segunda Bia (esposa do Lucas, meu primo). Foi sofrido demais, mas após erro na quinta cobrança germânica, Neymar converteu e levou um país inteiro à loucura! Uma sensação única em mais um momento a ser guardado para sempre desses jogos olímpicos.

Antes do jogo, fui com o Leo assistir a final da ginástica rítmica individual. Foi um show de beleza onde arte e esporte se encontram. Ouro e prata para a Rússia, bronze para a ucraniana que na sua última apresentação fez a arena vibrar! A espanhola, queridinha do público, ficou com a sétima posição. Os juízes, é claro, foram vaiados. No final fugimos para um camarote onde o Leo fez fotos incríveis das medalhistas. Em breve eu publico por aqui.

No handebol feminino, a surpreendente Rússia derrotou a igualmente surpreendente França. A primeira ficou com o ouro, a segunda com a prata. Na final do basquete feminino, passeio norte-americano, é claro. Já no vôlei feminino, a China virou e venceu a Sérvia por 3-1. A vitória da China já havia sido cantada pelo meu primo Rodrigo Ribeiro, preparador físico da dupla de vôlei de praia Shelda e Adriana, duas vezes medalha de prata nos Jogos Olímpicos.

No taekwondo, uma surpresa para os brasileiros: Maicon Siqueira ganhou bronze. Foi derrotado apenas pelo atleta de Níger, eventual ganhador da medalha de prata, a segunda da história do seu país.

Neste dia histórico, o Brasil não somente ganhou um ouro olímpico no futebol, como também chegou ao seu recorde de medalhas de ouro e uma edição dos jogos: 6.

Na despedida do Parque Olímpico, uma caminhada lenta com direito a fotos e filmagens com Leo, Lisa e Silvinha, com aquela pontada de tristeza. Era o nosso último dia por lá depois de duas semanas intensas e maravilhosas.


Amanhã acaba, será que ganhamos ouro no vôlei masculino??

Instagram: @hffontes

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Rio 2016, dia 19: Final do futebol feminino no Maraca!

Tinha tudo para ser o Brasil. Tinha tudo para ser inesquecível, uma vez que Roberta Schneider e eu acompanhamos e torcemos pelo sucesso do futebol feminino desde o começo, lá nos anos 1990. Era o ingresso mais bem guardado, o da final do futebol feminino! Mas nem tudo acontece como deveria, e o Brasil perdeu para a equipe defensiva e mais do que medíocre, ofensivamente falando: a da Suécia.

Mais cedo, antes da despedida da Roberta do Parque Olímpico, gravamos esta homenagem ao eterno "otimismo" dos comentaristas esportistas do Brasil:


O dia começou com viagem ao Parque Olímpico, Leo, Roberta, Silvia, Lisa e eu. Fomos acompanhar as etapas iniciais do taekwondo e prestigiar Catharina Choi Nunes, nossa Miss Mundo Brasil 2015 e embaixadora do esporte no país. Estivemos algum tempo com ela e Lucian, e de lá fomos passear no centro do Rio de Janeiro, com direito a tentativa de visitar a confeitaria Colombo. Estava tão lotada, que o café acabou sendo tomado no Starbucks em frente.

Momento maravilhosos, os nossos momentos olímpicos!
Lisa encontrou o irmão e foi ver a semifinal do basquete masculino, Leo foi trabalhar e restou a nós três a aventura para chegar ao Maracanã. Na estação Carioca, os trens chegavam tão abarrotados de gente, que tivemos que pegar a linha contrária até Botafogo e então seguir viagem para o Maracanã. Foi uma experiência! Apesar do feriado decretado, muita gente trabalhou e justamente naquela hora voltava para suas casas no subúrbio carioca. Junte a isso 70 pessoas que também compraram ingressos para este jogo sonhando em ver o Brasil conquistar o ouro. Foi terrível, com direito a gente gritando, idosos passando mal, falta de ar etc.

Saímos do "trem do horror" e o Maracanã nos esperava para ver Alemanha e Suécia. Como as duas nunca haviam estado no Maraca, paramos para várias fotos, era um fim de tarde lindo e deu para esquecer a experiência do metrô. Lá dentro, enquanto a maioria do público torcia pela Suécia, nós éramos Alemanha (eu não torço para futebol ruim e de retranca!).

O primeiro tempo foi de fazer dormir. Todo mundo batendo papo, meditando, fazendo olas ou mexendo nos seus celulares, coisa feia mesmo. Já a segunda etapa foi bem melhor, a Alemanha teve boas chances e abriu o placar com um belo gol. O segundo gol foi literalmente de loira: contra da Suécia, algo sem explicação! Então pensamos que a Suécia finalmente partiria para o ataque! Até fizeram um, mas depois disso, nada! Trapalhadas mais trapalhadas foi o que vimos, as suecas não sabiam chutar, passar a bola, jogavam como menininhas de 6 anos de idade.

Ouro para a Alemnha no futebol feminino!
Alemanha ganhou o ouro merecidamente!

Na saída encontramos o Fabio, o Budal e a Lisa e fomos comer no Caçador, na Tijuca, onde vimos o brasileiro que já tinha liderado a prova do arremesso do martelo, ficar na última colocação.

Já em casa, vibramos com o vôlei masculino do Brasil, que atropelou a Rússia com um sonoro 3x0! Sensacional e rumo à final!!

Bolt fazia história ganhando o seu terceiro ouro nessas olimpíadas. EUA ganharam ouro e são bi no polo aquático feminino (o que era esperado).


Roberta partiria para São Paulo na manhã seguinte, após dias inesquecíveis que passamos juntos no Rio 2016. Já com saudade...

Rio 2016, 18/8: O dia em que o Brasil ganhou duas medalhas de ouro!

O dia 18 começou com o bronze de Isaquias Queiroz na classe C1 200m na canoagem. Depois de um começo ruim, ele passou raspando para poder subir ao pódio e conquistar a sua segunda medalha nesses jogos.

Na tarde de quinta, seguimos para Deodoro para assistir a final do hockey sobre grama. No trem lotado, veio a excelente notícia: Martine Grael e Kahena Kunze ganharam a última regata na classe 49er FX e faturaram a quarta medalha de ouro para o nosso país! Esta foi a sexta edição consecutiva dos jogos em que o Brasil subiu ao pódio na vela.

Enquanto isso, nas quadras de vôlei, uma equipe surpreendentemente boa derrotava a última favorita ao ouro: a selação americana (Brasil e Rússia dançaram nas oitavas). Agora a Sérvia fará a sua primeira final olímpica contra a China. Dá gosto ver as sérvias jogando, estou torcendo por elas.

Voltando ao trem lotado rumo a Deodoro, onde estávamos Roberta, Marina e eu, não sabíamos quem faria a final do hóckey sobre grama, até um dentre muitos argentinos nos dizer: Argentina x Bélgica.

Na entrada do estádio, um contratempo: não existia do "setor 2" que aparecia no nosso bilhete, e este tinha que ser trocado. Na fila, vários argentinos inconformados, reclamavam. Uma voluntária brasileira bastante mal educada batia boca com eles e eu resolvi entrar na confusão, dizendo que eles reclamavam com razão. A mulher faltou partir para cima de mim! Sem educação, grosseira e abusando do pequeno poder, causou um clima bastante desagradável. Mas tudo bem, ela é exceção. A esmagadora maioria dos voluntários deu um show de simpatia e boa vontade nessas duas semanas!

Ouro na vela! 
Ao contrário da maioria, nós torcemos pela Argentina, porque não?? E ganharam: 3x1 e medalha de ouro merecida.

Mais tarde recebemos mais duas amigas, a Lisa e a Silvia, e fomos jantar em um restaurante libanês (também com Leo, Bia, Budal e Fabio, além de Roberta e Marina) e depois caminhar pela calçadão de Copacabana, para elas conhecerem a arena do vôlei de praia por fora, onde acontecia a disputa do bronze.

O segundo e muito comemorado ouro do dia, quinto no total!
Ao chegar em casa, era hora de torcer por Alison e Bruno Schmidt contra os italianos na final do vôlei de praia. Dessa vez não teve descontrole emocional ou fatores psicológicos que evitassem o passeio dos brasileiros! 2x0 e o segundo ouro do dia com direito a muita comemoração e emoção.

O Brasil parece ganhar fôlego nessa reta final! Quantos ouros será que os nossos atletas conquistarão? De qualquer forma, 5 medalhas de ouro, 5 de prata e 5 de bronze, já são suficientes para garantir a melhor performance do Brasil em todos os tempos.

Imagens do dia 18 de agosto - veja.com.br

Instauram - @hffontes

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Rio 2016, 17/8: futebol humilha Honduras, vôlei masculino passa pela Argentina

O futebol masculino do Brasil parece ter renascido com todas as forças depois de empates em 0x0 com as fracas seleções do Iraque e da África do Sul. Após passeios pela Dinamarca e pela Colômbia, agora foi a vez de humilhar Honduras com um sonoro 6x0, com direito a dois gols de Neymar, que vem calando as bocas de todos nós com muita classe. Agora é segurar o coração para torcer pelo nosso primeiro ouro olímpico na modalidade em uma final eletrizante contra a Alemanha.

O vôlei masculino não poderia ter melhor incentivo para também voltar a respirar com vigor. Apesar do quarto lugar no seu grupo na fase inicial da competição, com duas derrotas, quem estava do outro lado era a Argentina. Não foi fácil, mas com muito raça despachamos os "hermanos" por 3x1. Fica o reconhecimento aos argentinos, que fizeram uma primeira fase impecável. Pela frente agora terão a Rússia, quem em 2012 derrotou o Brasil de virada na final olímpica.

No vôlei de praia, dupla decepção com a mulherada. Derrota de virada para os EUA na disputa do bronze e banho das alemãs na final. Restou ao Brasil a prata... Outro ouro "certo" levado pelas ondas da praia do Leme, onde está localizada a arena.

O handebol masculino vacilou contra a Suécia há 2 dias e teve que pegar a franca favorita ao ouro França logo nas quartas de final. Chegou a equilibrar a partida, mas como era esperado, tomaram pau no final. Eu vi esses franceses jogando, os caras são muito bons! A campanha do Brasil foi irregular, porém de fato histórica: primeira vez que passamos de fase. Que o trabalho continue.

Nossa experiência olímpica ontem foi intensa, uma verdadeira maratona! Pela manhã, fui com a Roberta Schneider ver as quartas de final do badminton. Assistimos a três partidas e saímos para comer algo na rua sob um sol de 35 graus. As pessoas brigavam por uma sombrinha, o dia foi horrivelmente quente. Depois fomos para o cubo ver polo aquático feminino e quando estávamos lá, meu primo Rodrigo ligou oferecendo ingressos para o atletismo.

Saímos da Barra, pegamos os ingressos em Ipanema, passamos por Copacabana e depois, no pior horário do dia, tomamos o metrô e o trem com o mode sensação sardinha em lata on! Foi uma função de três horas e meia que valeu a pena!

No trem um cara de Hong Kong reclamou da quantidade de pessoas e uma americana respondeu: "Você já esteve em Nova York ou na Cidade do México? Muito pior, não reclame, está tudo ótimo!". Este é o espírito!

No Engenhão encontramos Rodrigo, Ana Paula, Bernardo e Bruno. Acompanhamos a final do salto em distância feminino (ouro para os EUA), final dos 200 metros, que tinha a bela holandesa Dafne Schippers como favorita, mas foi vencida por uma jamaicana, e vimos Bolt na semifinal dos 200 metros masculino, fora outras provas. Em uma etapa do decatlon, vibramos com a vitória de um brasileiro em uma das corridas de uma etapa.

Chegamos em casa quase 1 hora da manhã, mas valeu apena. Fica o nosso agradecimento ao Rodrigo e ao Gustavo pelos ingressos!

Alguns dos melhores momentos dos jogos? Os áudios trocados com os Lilinhos :)

Imagens do dia (veja.com)

E amanhã, será que sai o ouro no vôlei de praia masculino? Tomara!

No instagram: @hffontes

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Rio 2016, dia 16/8: dia que foi de medalha de ouro a desclassificações inesperadas

Dia com a família no Rio 2016. Leo e selfies com Isauias Quieroz
 e com a jogadora de handebol francesa Estelle Nze-Minko.
Terça-feira começou com a canoagem. Fui com Leo, Roberta e Rapha assistir a competição, porém, graças a um atraso no metrô (trem 15 minutos parado!) e excesso de segurança que gerou filas quilométricas, perdemos a prova do Isaquias Queiroz, em que o atleta baiano fez história e conquistou a medalha de prata, a primeira da história na modalidade para o nosso país. Vimos a cerimônia das medalhas e algumas outras provas. Muito simpático, Isaquias atendeu o público, Leo conseguiu até uma selfie com ele!

Enquanto isso, ficávamos sabendo da primeira grande decepção do dia: as brasileiras do handebol repetiram Londres: após uma primeira fase brilhante, foram derrotadas nas quartas de final pela quarta colocada do outro grupo, dessa vez a Holanda. Adeus, medalha olímpica...

Depois encontramos o resto da família (mãe, Marina, Rosinha, Vicky, Deco, Bela e Nathália) para que pudessem conhecer o Parque Olímpico e acompanhar um jogo nessa curta estadia no Rio.Lá também encontramos a Vanda e outros familiares. No dia anterior brincamos que foi melhor ter comprado França x Espanha (na real a compra foi aleatória) no handebol para não traumatizar as crianças com derrotas psicológicas dos nossos atletas... E não é que tínhamos razão?? Elas viram um jogão e uma França saindo de um placar bastante adverso virar o jogo no final. Isso sim é bom exemplo para as crianças. Fizeram o que o Brasil não sabe fazer, jogar sob pressão, superar obstáculos e vencer.

Ouro no boxe: quem diria??
Acabando este jogo, corremos para o telão para ver os pênaltis de Brasil 0 x 0 Suécia, que acontecia no Maracanã. Derrota do Brasil... Por essas aí eu sofri, elas não mereciam. E lá vai a Suécia, time de retranca e zero ataque, disputar o ouro. Paciência.

Depois foi a dupla Larissa e Talita a perder para as alemãs no vôlei de praia. Pelo menos Ágata e Barbara venceram e foram para a grande final.

A outra boa notícia do dia veio com o pugilista Robson Conceição, com o ouro inédito do boxe! Mais um ouro de onde não esperávamos. Quando não há pressão, tudo pode acontecer. Mas nossos atletas definitivamente não possuem inteligência emocional. É fato e sempre foi assim.

 Alison e Bruno fizeram bonito e são finalistas do vôlei de praia masculino, essa foi uma ótima notícia!

Dupla brasileira disputará ouro no vôlei de praia.
A cereja veio mesmo na madruga. Fui dormir e sonhei que o Brasil tinha perdido para a China no vôlei feminino. Acordei assustado e corri para o celular. Pesadelo era real! 2x3. Depois de ganhar 2 ouros seguidos, de ganhar todos os jogos na primeira fase sem perder um set, entregamos o ouro literalmente para as chinesas. Bastou vacilarem para as frias chinesas aproveitarem. O ouro "mais certo" ia pelo ralo, de forma mais do que vergonhosa. Pior campanha do nosso vôlei feminino em décadas, simplesmente inacreditável.

Imagens do dia - 16/8

As mulheres começaram bem, mas amarelaram geral na reta final. Uma grande pena... Valeu pelo super dia com a família e claro, pelas inesperadas medalhas conquistadas. Estes sim merecem o nosso respeito e admiração.

Instagram: @hffontes

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Rio 2016 - 15/8: brasileiro Thiago Braz voa alto e ganha ouro inesperado

A terça-feira reservou talvez a maior surpresa desses jogos para o Brasil: do salto com vara veio o nosso segundo ouro, com direito a recorde olímpico. Thiago Braz é o nome do fenômeno, agora herói olímpico. O francês que era favorito e levou prata, reclamou das vaias com razão, mas não teve nenhum espírito esportivo: chegou a comparar os brasileiro com os alemães nazistas das olimpíadas de Berlin 1936.

Teve também a prata do Arthur Zanetti nas argolas, terceira medalha brasileira na ginástica olímpica em 2016. No vôlei de praia masculino, passamos para a semifinal com Alison e Bruno. Poliana Okimoto herdou medalha de bronze da francesa que originalmente foi a terceira colocada na maratona aquática, desclassificada por agressão a uma concorrente. A conquista é inédita.

Nosso basquete masculino venceu a Nigéria, mas como Espanha derrotou a Argentina, nem nas oitavas chegamos... Basquete do Brasil foi vergonhoso jogando em casa, uma pena.

Fui ao Parque Olímpico com meu irmão Raphael, que mora na Irlanda e está de férias no Brasil, para ver o Brasil enfrentar a Suécia no handebol masculino. O Brasil jogou muito mal e levou uma surra dos escandinavos, 30x19. Suécia mesmo assim eliminada e Brasil classificado em quarto lugar no grupo, pegará a França, favorita ao ouro e líder do outro grupo. Só um milagre nos salvará na quarta-feira. Também assistimos a uma partida de polo aquático feminino entre Rússia e Espanha.

Nosso vôlei masculino passou sufoco, mas derrotou a França por 3x1 e segue em frente, pegando a Argentina no mata-mata.

O momento do dia foi, sem dúvida, acompanhar pela tv a vitória inesperada do Thiago. Um orgulho para todos nós brasileiros. E claro, curtir a companhia e papo do meu irmão, que passa tanto tempo longe. Mais um dia memorável!

Galeria de fotos do dia 15/8 - veja.com

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Rio 2016, 14/8: Brasil fez história na ginástica artística masculina ao ganhar duas medalhas!

Não restam dúvidas de que o grande destaque do segundo domingo olímpico de 2016 foi a dobradinha prata/bronze dos brasileiros Diego Hypolito e Arthur Nory. Nory só concorreu porque o Japão não podia ter 3 finalistas em uma mesma prova, e foram os erros de dois japoneses considerados favoritos que acabaram abrindo caminho para as conquistas da dupla verde e amarela.

Foram momentos emocionantes que coroaram a incrível história de superação do Hypólito. Lembremos que há alguns anos os brasileiros nem sonhavam com esta possibilidade na ginástica artística. Simplesmente fenomenal!

No vôlei feminino o Brasil atropelou a Rússia e fechou a primeira fase sem perder um set sequer. Rumo ao tri com muita confiança. Larissa e Talita tiveram que salvar três match points contra a dupla suíça para chegar à semifinal. Mas chegaram lá! Nossa outra dupla passou com mais facilidade pelas russas. São duas duplas brasileiras nas semis e, na pior das hipóteses, um bronze garantido.

No handebol feminino passamos por Montenegro e fechamos a primeira fase em primeiro lugar. Só esperamos que, ao contrário de Londres, o Brasil não amarele nas quartas. A adversária será a Holanda.

No boxe, Robson Conceição é finalista e a grande final é amanhã contra um francês. Muita expectativa para esta luta. Eu particularmente não curto boxe ou qualquer esporte e incentive a agressão e a violência, mas, é claro, torço pela vitória e pelo ouro do nosso pugilista.

Ontem voltei ao Parque Olímpico com Leo, Vanda e Cecília. Fomos assistir a partida entre Brasil e Hungria no polo aquático. Depois de um começo arrasador e 3 vitórias sobre potências do esporte, o Brasil levou uma goleada da Grécia e ontem outra da Hungria (6x10). Está classificado, fez história, mas se não jogar muito melhor do que ontem, não passará pela Croácia nas quartas.

Saindo do Brasil, Usain Bolt é tri e é lenda: venceu os 100 m rasos com o tempo de 9.80s. Simone Biles ganhou mais dois ouros na ginástica artística, a menina é incrível! E teve também o bi histórico do britânico Andy Murray no tênis. Aliás, que campanha do Reino Unidos nesses jogos!

Interessante também a história da primeira ginasta olímpica indiana, quarta colocada no salto sobre o cavalo, que treinava entre ratos e baratas. Por pouco não levou a medalha, mas já valeu muito esta classificação.

Imagens no dia 14/8 - UOL

Só sei dizer que o sentimento ontem no Parque Olímpico já era de saudade! Quem tiver a oportunidade, que não deixe de viver esses jogos no Rio de Janeiro.

Instagram @hffontes

domingo, 14 de agosto de 2016

Rio 2016, 13/8: Em dia trágico para o nosso esporte coletivo, o futebol salva honra brasileira

Foi um dia olímpico para se esquecer nos esportes coletivos brasileiros. Resultados ruins das nossas seleções ameaçam classificações e colocam o Brasil em situação delicada. O basquete masculino, por exemplo, teve o jogo contra os rivais argentinos nas mãos em mais de uma ocasião, mas acabou indo para a prorrogação duas vezes e perdendo. Agora só um milagre para passar de fase e pegar os EUA nas quartas. Adeus, chance de medalhas...

Neymar marca e Brasil vence. Já é semifinalista.
O handebol masculino vem fazendo a sua melhor campanha em olimpíadas, e após vitórias contra as fortes equipes da Polônia e da Alemanha, o Brasil penou para empatar com o Egito! Agora vai depender de um bom resultado contra a Suécia na segunda-feira para alcançar a tão sonhada classificação.

No vôlei de praia, uma equipe masculina avançou para as quartas, a outra ficou pelo caminho, perdendo de virada para a Rússia.

Talvez a mais inacreditável das derrotas tenha vindo no vôlei de quadra masculino: 1x3 para a Itália, também de virada. O favorito Brasil pode nem passar de fase, o que seria uma verdadeira tragédia para o nosso esporte. Lembrando que em Londres 2012, foram as meninas do Brasil que por muito pouco não se classificaram, mas depois de uma primeira fase horrenda, se recuperaram e levaram o ouro. Que assim seja com a nossa seleção masculina...

Porto Rico ganha seu primeiro ouro olímpico, e foi no tênis!
Quem salvou a nossa honra, pasmem, foi o futebol! Neymar desencantou, marcou, e o Brasil passou pela Colômbia sem grandes dificuldades: 2x0. Agora vai pegar Honduras na semifinal, com chances de encarar a Alemanha na disputa do ouro, que viria ser o primeiro da história do nosso futebol.

Voltando a falar das derrotas de sábado, o que todas elas têm em comum? O fator psicológico. O atleta brasileiro, salvo raras exceções, não sabe lidar com pressão. Nem com a torcida a seu favor, isso tem acontecido. Em 8 dias de competições, temos apenas 4 medalhas e muitas expectativas já foram frustradas.

Nossos atletas precisam do acompanhamento de profissionais competentes, que os façam jogar com mais frieza e menos emoção. O talento e o potencial existem, falta a chamada inteligência emocional para ultrapassar barreiras em disputas críticas.

Bela dinamarquesa é rainha das águas no
 Rio 2016
Por outro lado, feliz por Porto Rico, que ganhou sua primeira medalha de ouro em jogos olímpicos no tênis com a bonita Monica Puig, número 33 do mundo. Uma bela surpresa, literalmente. Outra bela a surpreender o planeta foi a dinamarquesa Pernille Blume, vencedora dos 50 m livres na natação. Ela é a mulher mais rápida do mundo nas piscinas.

Michael Phelps encerrou sua carreira com mais um ouro, 23 no total! Será que algum dia alguém supera esta marca?

Acabou a natação com mais resultados pífios para o Brasil. Nenhuma medalha! Aliás, nem perto disso passamos...

Ontem não fui a nenhum evento olímpico, tirei o dia para descansar, trabalhar e torcer pelo Brasil de longe. Parece que escolhi o dia certo para isso! Que venham dias melhores para os nossos atletas...

Imagens do dia 13/8 - veja.com

Mais no Instagram: @hffontes

sábado, 13 de agosto de 2016

Rio 2016, dia 12/8: Seleção feminina de futebol quase mata o Brasil do coração, mas avança!

Foram os momentos mais tensos dos Jogos Olímpicos até agora, mas a nossa seleção de futebol feminina é semifinalista da competição após eliminar a Austrália nos pênaltis (7-6)! 70 mil pessoas no Mineirão e 200 milhões de brasileiros em suas casas, não foram dormir até as primeiras horas da madrugada de sexta para sábado, quando finalmente pudemos comemorar aliviados.

Sofreu, mas venceu: Brasil na semifinal do futebol
Marta chegou a perder um pênalti e quase eliminou o Brasil. Seria muita ironia do destino, mas a Austrália também foi lá e errou. Deu tudo certo do jeitinho brasileiro. Aqui vimos Copacabana explodir em um só grito quando Bárbara defendeu pela segunda vez o chute de uma australiana.

Hope Solo: a goleira americana é merecidamente
motivo de muitas piadas! 
Agora elas terão pela frente as suecas, que derrotaram as mega favoritas norte-americanas, também nos pênaltis. Lembrando que o Brasil já venceu a Suécia na primeira fase por 5x1, mas é claro, a coisa agora será bem mais complicada.

E que beleza é ver a arrogante goleira dos EUA Hope Solo voltar para casa tão cedo! Depois de fazer piadinhas com a zika, tomou um frangaço contra a Colômbia, virou motivo de chacota, mas não baixou a bola: ao sair de campo derrotada pela Suécia, disparou: "Elas são umas covardes, tenho certeza que não venceu o melhor time!".

Remando na chuva...
A acusação veio porque as escandinavas se defenderam como puderam das americanas. Isso é covardia ou saber jogar? E a crítica veio de uma goleira, uma defensora (muitos risos). Essa imbecil deveria se esconder na sua casinha e não mais voltar aos campos, que atitudes lamentáveis!

Bom, e se o dia acabou bem com esta vitória dramática do Brasil no futebol, ele começou com chuva na cidade olímpica, o que não nos impediu de acompanhar pelo segundo dia consecutivo o remo com o seu Henrique Fusquine, meu avô e ex-remador. E quais as chances de encontrar alguém com quem competiu há mais de 60 anos? Pois é, o inusitado aconteceu. Encontrou e bateu papo com outros remadores da velha guarda.

Vô Henrique encontra antigos competidores no Rio 2016
No período da tarde enfrentamos uma boa fila nas areias da praia do Leme para entrar na Arena do Vôlei de Praia, mas valeu a pena! Que visual incrível, que energia, que torcida! Quanto mais ao alto você senta, mais sensacional é a vista, com a praia e suas ondes imensas arrebentando ao fundo. Larissa (também conhecida pelo Leo como Sara - piada interna rs) e Talita venceram e avançaram para as quartas, assim como a outra dupla brasileira no feminino.


Fui com o Leo e a Ana Murai, em mais um momento inesquecível desses jogos.


No calçadão da famosa praia carioca, pessoas de todas as nacionalidades, muita música, dança, descontração. Um clima espetacular!

Falando em clima, até ele contribuiu, afinal, a chuva da manhã deu lugar ao sol e céu azul.

É bronze para o Brasil no último dia do judô!
Ainda sobre o Brasil, nossas meninas do handebol e vôlei feminino ganharam de Angola e Coréia do Sul, respectivamente. Fechamos o judô com um bronze ganho por Rafael Silva, conhecido como "Baby". Garantimos ao menos um bronze no boxe. No tênis fomos eliminados por completo. No pólo aquático masculino, foi-se a invencibilidade: a Grécia venceu por 10 x 4 (mas o Brasil já está classificado).

Imagens do dia - brasileiros - veja.com 

Outro destaque do dia foi o nadador de Cingapura, Joseph Schooling, vencedor da prova 100 m borboleta, deixando Phelps empatado com outros dois na segunda posição. Esta é a primeira medalha de ouro da história de Cingapura. O cara virou herói nacional da noite para o dia.

Ouro para Cingapura + 3 pratas, incluindo Phelps
(além de Chad Le Clos and Laszlo Cseh)
A primeira semana acabou e já deixa saudade e muitas memórias incríveis! Que privilégio poder viver tudo isso, simplesmente demais!!

No Instagram: @hffontes


sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Rio 2016, dia 11/8: seu Henrique Fusquine e a realização de um sonho

Hoje foi sem dúvidas um dois dias mais especias dessa olimpíada. Henrique Fusquine, 91 anos, primeiro atleta brasileiro a ganhar uma medalha nos jogos Panamericanos (prata no remo em Buenos Aires, em 1951), viajou para o Rio de Janeiro para realizar um sonho: acompanhar provas da modalidade ao vivo e de perto em jogos olímpicos! Foi um presente da sua filha Ceição, meu e da Carol (neta).

Com o vô nas provas do remo
Chegamos cedo no estádio da Lagoa, que está muito bonito, e nos sentamos entre torcedores da Dinamarca, Alemanha, Irlanda, Nova Zelândia, Lituânia etc. Contido, ele não perdeu um detalhe sequer. Comentava comigo sobre as regras, retrospecto de alguns países e sobre como o esporte no Brasil decaiu. Viu a Alemanha (país onde nasceu) ganhar dois ouros, além de atletas da Nova Zelândia, Croácia, Polônia.

Incrível vitória do Brasil sobre a Alemanha no handbal
No final da tarde, ainda teve fôlego de ir até a Barra conhecer o Parque Olímpico e assistir a final por equipes feminina da esgrima (vitória da Romênia). Tirou fotos, curtiu e elogiou: "Criticaram tanto, e está tudo muito bonito e bem organizado". O que, no geral, é verdade. Um dia para não esquecer!

Mayra ganha a terceira medalha do Brasil: bronze.
Falando dos atletas brasileiros, ganhamos um bronze no judô com Mayra Aguiar, Jade Barbosa se machucou na ginástica, perdemos para os EUA por 1x3 no vôlei masculino e para a Croácia no basquete masculino (já são duas derrotas...). Já no handbol masculino, surpresa fantástica: o Brasil ganhou da forte Alemanha e segue na briga! Na natação, Phelps tem hoje mais medalhas de ouro que o Brasil em todas as olimpíadas somadas! É... Thiago Pereira começou bem, encheu o Brasil de esperança, mas terminou e sétimo.

Fiji ganha seu primeiro ouro na história!
Para fechar o dia, Fiji é ouro no rugby sevens!! Atropelaram a Grã-Bretanha e ganharam a primeira medalha de uma nação da Oceania, tirando Austrália e Nova Zelândia. Emocionante! Veja a festa no país AQUI.

Imagens do dia 11 de agosto - Veja.com

Instagram: @hffontes


Rio 2016, dia 10/8: Polo Aquático Masculino Surpreendente!

Hoje não estive em nenhum evento olímpico para, mesmo de férias, poder colocar a vida em dia e buscar meu avô no aeroporto. Acompanhei tudo o que pude de longe e, para mim, o grande destaque foi a vitória da nossa seleção masculina sobre a Sérvia, favorita ao ouro, no polo aquático. Terceira vitória consecutiva e primeira classificação da história para as quartas de final!

Emoção e vitória inacreditável no polo masculino!
Não aconteceu por acaso. A contratação de um técnico sérvio e um trabalho sério e focado resultaram no sucesso. Até então, nem se falava na modalidade, talvez a maior surpresa brasileira dos jogos. No domingo estaremos lá, assistindo Brasil x Hungria (a Hungria tem 6 ouros olímpicos no polo).

Rosinha, Vicky, Leozinho, Deco e Rapha: família na Fonte Nova
No futebol, Neymar e companhia parecem ter acordado: 4x0 na Dinamarca e Brasil classificado para pegar a Colômbia nas quartas, nosso mesmo adversário das quartas na Copa de 2014. Vamos ver se agora vai... Pessoalmente, o mais legal foi ver meus sobrinhos, irmão e cunhada indo ao jogo e vibrando na Fonte Nova. Aliás, a confraternização entre familiares, amigos e pessoas de todo o mundo, é o melhor das olimpíadas, sem dúvida!

Val, Duda e Leo entre os torcedores de Fiji
Do judô não saiu nada novamente. Basquete feminino vergonhosamente eliminado. Na canoagem um sexto lugar histórico e muito comemorado pelo carismático Pepe Gonçalves. Vôlei feminino segue bem e sem perder um set sequer. Será o tri??

Julie, torcedora de Fiji!
Deixei de ir ao rugby para buscar meu avô no Santos Sumont, uma dos maiores remadores da história do nosso país, que aos 91 anos veio prestigiar os jogos. Leo, Duda e Val foram e torceram muito por Fiji, que tem grandes chances de conquistar a sua primeira medalha olímpica!

Pepe Gonçalves e a façcanha na canoagem 


Instagram: @hffontes

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Rio 2016 - 9/8 - Dia de vitória heróica do Brasil no basquete masculino

Terça-feira foi dia de assistir ao esporte que eu mais gosto de praticar, e o único que me rendeu algumas medalhas na época de escola, o tênis de mesa. Fui com o Duda e vimos China, Japão, Coréia do Norte, avançarem para as semifinais no feminino. As atletas da Coréia do Norte e China jogaram muito! 



O evento foi no Rio Centro, totalmente adaptado para as Olimpíadas e de fácil acesso. Chegamos na estação do Parque Olímpico da Barra e pegamos o BRT (mais 5 minutinhos). Do lado de fora, áreas para os fãs praticarem tênis de mesa e badminton, ou simular levantamento de peso.

Ao final de cada partida, as atletas autografavam 3 bolinhas e jogavam para o público.

Para almoçar evitando os preços abusivos do parque olímpico, saímos, atravessamos a avenida principal e comemos um bom “podrão” (cachorro quente com tudo o que você possa imaginar) ṕor 10 reais. Este é foodtruck do podrão, fica a dica para quem for:


No período da tarde voltamos a Arena do Futuro para torcer pela nossa seleção de handbol masculina. O jogo foi emocionante, mas perdemos para a Eslovênia por 3 pontos. Faz parte e os caras eram mesmo os favoritos.



Incrível mesmo nessa terça feira foi o nosso basquetebol masculino: venceu a fortíssima Espanha, favorita a medalha de prata, por 1 ponto, faltando apenas 5 segundos! No vôlei masculino o Brasil também venceu: 3x1 sobre o surpreendente Canadá, que havia humilhado os EUA por 3x0.



Não ganhamos nada no judô, o basquete feminino perdeu outra. O futebol feminino jogou com time reserva e empatou com a África do Sul. terminou líder do grupo e agora pegará nas quartas de final a perigosa Austrália, mesma seleção que eliminou o Brasil nas oitavas da Copa do Mundo no ano passado.

O dia termina com o Brasil em decimo-quarto lugar no quadro de medalhas, com uma de ouro e uma de prata.



Hoje é dia de receber o meu avô, Henrique Fusquine, primeiro atleta brasileiro a conquistar uma medalha nos Jogos Panamericanos (prata no remo, em Buenos Aires). Aos 91 anos, realizará o sonho de acompanhar provas do remo ao vivo em uma olimpíada!


Instagram: @hffontes

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Rio 2016 (8/8) - É ouro, porra!!

É ouro, porra!!!



Não tem como não começar falando sobre segunda-feira sem destacar a vitória da Rafaela, filha da cidade de Deus, no judô! Finalmente desencantamos na modalidade que prometia tantas medalhas. Foi uma emoção e uma lição para os brasileiros: podemos e temos a obrigação de encontrar e desenvolver os talentos escondidos em comunidades carentes pelo Brasil. Imaginem se programas com este intuito tivessem sido desenvolvidos em massa pelo governo desde 2009, quando o Rio foi escolhido como sede dos jogos de 2016? O esporte pode transformar e salvar. Aprendam, autoridades brasileiras…

Hoje tivemos a primeira oportunidade de gritar BRASIL, e foi no handebol feminino. Do outro lado, a seleção que surpreendentemente eliminou as nossas meninas em Londres nas quartas de final, a Romênia. Dessa vez, foi massacre brasileiro: 26x13 em um jogo impecável! Antes vimos a Noruega derrotar a Espanha, com o apoio dos brasileiros.

Foi durante o jogo que o meu “aplicativo” favorito, a Roberta Schneider, me comunicou que a Rafaela havia vencido no judô. Toda a arena gritou em uma só voz e emocionada o nome da judoca! Era o nosso primeiro ouro olímpico ganho em casa.

Saímos correndo para tentar chegar na primeira final da história do rugby sevens feminino, em Deodoro. Mais uma vez o sistem de transporte deu show. Usamos o BRT para chegar na estação Magalhães Bastos em menos de meia hora. No caminho, vimos dezenas de soldados armados do exército. Ao chegar, tivemos pela frente uma senhora caminhada! Aliás, quem resolver levar a vovó para ver os jogos em Deodoro, fica a dica: Cheguem de trem! Porque de BRT, são quilômetros caminhando, parece que não chega nunca.

O Parque Olímpico de Deodoro é bem mais simples que o da Barra, em todos os sentidos. Como as modalidades ali disputadas são menos populares, os ingressos são mais baratos, o que permite a presença de outras camadas sociais. Também é uma área mais próxima de comunidades, o que facilita o transporte das pessoas. Lá sim vimos pessoas de todas as camadas sociais participando, torcendo, fazendo parte desta grande festa. Muito show!

O estádio de rugby, por dentro, ficou muito bonito e bem iluminado. Testemunhar a primeira final da história do rugby sevens feminino foi demais, uma batalha da Oceania: Austrália 24 x 17 Nova Zelândia.

Ficamos impressionados com o número de torcedores de ambos países! O Canadá levou o bronze, após derrotar o Reino Unido.

Após a cerimônia de premiação, descobrimos com alívio que a estação de trem não era ao lado da do BRT. Fica praticamente dentro do complexo! Voltamos para Copacabana sem complicações, usando linhas de trem e metrô. Em 1 hora e meia estávamos em casa na conclusão de mais um dia olímpico.

Vamos ao Brasil: Ouro no judô, nunca é demais repetir! Dupla brasileira derrotou a da Sérvia no tênis, com Djokovic e cia! Vitórias no vôlei e vôlei de praia feminino, derrota surpreendente para a Áustria no vôlei de praia masculino. Nova derrota no basquete feminino complicou a nossa seleção, que convenhamos, é fraca.

Dia 8 em Imagens - Veja.com

Vamos torcer para o judô ter desencantado de vez!!

Mais no Instagram: @hffontes

Rio 2016: dia 7/8 - Domingo

Ao contrário do ocorrido no sábado, desta vez parece que as reclamações surtiram efeito: a entrada do Parque Olímpico foi rápida e organizada, os voluntários chegavam a irritar de tanta simpatia (uma coisa meio Disney) e estavam espalhados por todos os lados.

Pela manhã assistimos o handebol masculino, com a curiosa equipe do Qatar derrotando a Croácia. O Qatar saiu pelo mundo recrutando alguns dos melhores jogadores da modalidade e distribuindo nacionalidade e muitos dólares. Ao lado da França, são favoritos ao ouro. Pode isso, produção?

No período da tarde, foi a vez de ver um italiano triunfar na esgrima. Foi a primeira vez que vimos de perto este esporte, que é realmente empolgante! EUA ficou com a prata e Rússia com o bronze.

Nesses primeiros dias deu para ter uma boa ideia de quem a torcida brasileira não simpatiza. EUA, Rússia, Espanha, Alemanha… Itália e Angola têm a torcida dos brasileiros.

Tivemos a oportunidade de conhecer melhor o Parque Olímpico, que é uma verdadeira cidade! Eram milhares de pessoas de lá para cá, de cá para lá, um mar de gente de todas as nacionalidades.

Na abertura falou-se muito da “Olimpíada da Inclusão”, mas passeando por lá, não é o que realmente se vê. As camadas menos favorecidas da população a gente quase não encontra. Esses assistem por telões e gratuitamente nos chamados boulevards olímpicos, localizados na Praça Mauá, Madureira e Campo Grande. Pode não haver discriminação de religião, orientação sexua, gênero, porém, não vemos a inclusão social.



O Brasil não ganhou medalhas, com o judô decepcionando pelo segundo dia consecutivo. No basquete, o Brasil jogou mal e perdeu da forte Lituânia. Destaques positivos foram a vitória histórica do nosso handebol masculino sobre a Polônia, vitórias no tênis, vôlei (sofrida contra a não tão expressiva seleção do México) e vôlei de praia.

Phelps ganhou mais um ouro olímpico para a sua impressionante coleção, no revezamento 4x100, enquanto Djokovic foi eliminado por um argentino na primeira rodada do tênis, em uma das maiores zebras de toda a competição. Saiu chorando.

O destaque vergonha verde e amarelo foi o futebol masculino: 0x0 com o Iraque e risco eminente de nem chegar a segunda fase. Terão que vencer a Dinamarca na terceira rodada.


Mais no Instagram: @hffonteshttps://www.instagram.com/hffontes/