A longa viagem para o Vietnã

É hora de conhecer mais uma país, o Vietnã. Convidado pela Miss Grand Organization para cobrir o concurso deste ano, saí de Petrópolis na noite do dia 4 de outubro para embarcar para Dubai às 2:30 da manhã, já do dia 5. No Galeão, o primeiro susto: esqueci a carteira de vacinação! Cheguei a pensar que não poderia embarcar, mas o pessoal da Emirates me ajudou, assinei um documento me responsabilizando e tudo deu certo!

O vôo saiu na hora, consegui um lugarzinho no corredor, graças a Deus. Do meu lado, um casal de senhores argentinos, e apesar do vôo muito longo e da bunda achatada, foi tranquilo.

Cheguei às 23 horas em Dubai. Ao descer do avião, um bafo de calor inacreditável tomou conta de tudo. 33 graus no meio da noite, Jesus! Entramos no ônibus que rodou por quase 30 minutos as pistas do aeroporto, imaginem o tamanho deste lugar... Ao entrar, mandei mensagem para a nossa Miss Brasil Grand Caroline Venturini, que estava em outro terminal. Tive que pegar um trem para chegar lá.

Passamos a madrugada passeando pelas lojas (2 horas da manhã e parecia um shopping center super movimentado!), batendo papo, fazendo lives no Facebook, tudo para tentar fazer o tempo passar. Carol provou o McArabia chicken, e aprovou!

O tempo não passou rápido, mas passou. Embarcamos às 9:20 para Ho Chi Minh. Em um vôo mais vazio, Pad Thai servido de almoço, foram necessários uns três episódios de Black.ish até eu finalmente pegar no sono. No mesmo vôo, encontramos a Miss Bolívia, uma menina muito simpática e divertida que eu conheci em Santa Cruz, quando fui jurado do Miss Bolívia deste ano. Ela foi uma das 8 finalistas e agora é a Miss Grand Bolívia.

Outras mulheres bonitas e desacompanhadas que entravam no avião, também ficamos sabendo ao chegar que eram misses: Colômbia, Paraguai, Rússia, Belarus, Tatarstan, Sudão do Sul.

Sentado na minha frente, aquele apresentador do Travel Channel que come comidas exóticas pelo mundo. Até as aeromoças foram tietar.

O vôo super tranquilo da Emirates durou 6:30 h. Ao chegar em Ho Chi Minh já era noite. Eu olhava as luzes da cidade pela janela e pensava que "ontem" (sim, estamos falando de muito pouco tempo atrás), aquele mesmo espaço era bombardeado na triste Guerra do Vietnã. 2 milhões de vietnamitas mortos, 60 mil norte-americanos. Tem vitorioso em algo assim? O que me veio à mente é a incrível habilidade de reabilitação do ser humano. Ficam os fantasmas e as cicatrizes, mas a vida segue e ganha novos rumos.

Por fim, o lema do concurso é "Stop the War", e o Vietnã talvez seja o melhor lugar para esta celebração através da beleza feminina.

Chegamos no aeroporto, não tão grande mas bem organizado e tudo bem rápido e sem burocracia, o que surpreende tratando-se de uma país que no papel segue sendo comunista. Ao menos para Carol e para mim, que dizemos o visto no Brasil e tínhamos tudo certinho (sim, não me pediram a carteira de vacinação ha ha).

Pegamos as malas e Carol foi a primeira Miss a sair. Que recepção! TVs, câmeras fotográficas, fãs vietnamitas, todos a postos para celebrar a chegada da brasileira. Com o seu sorriso encantador, ela conquistou a todos em segundos! Não demorou muito para fazer fila para fotos com a nossa representante! Também muito elogiado foi o outfit com que ela chegou. Um começo mais do que promissor!

Depois de alguns minutos, saíram as outras misses: Bolívia, Paraguai, Colômbia, Sudão do Sul, Tatarstan, Dinamarca, Belarus, Rússia. Mais fotos e vídeos, até que a van nos levou ao hotel Pullman, onde todos fomos muito bem recebidos. Trata-se de uma rede mundial e de um hotel 5 estrelas. Esperando por mim com o Leo, estava o Donald, missólogo vietnamita que é uma figura! Trouxe doces locais, refrigerante e sei lá mais o que. Expliquei que fiz uma promessa e não posso tomar refrigerante nem comer doces até julho de 2018, ficou meio decepcionado.

As primeiras impressões da cidade, no caminho até p hotel, foram positivas. Muitos scooters, vi uma batida e uma senhora em uma moto com o pé em carne viva! Havia lido que infelizmente isso é "lugar comum" por aqui. A cidade é vibrante, com muitos restaurantes e cafés charmosos, luzes, milhares de pessoas se movimentando. A influência francesa na arquitetura é evidente.

Após merecido descanso, acordei às 5 da manhã e às 7 descemos para o café-da-manhã, farto e recheado com o melhor da culinária local!

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